Véspera de Natal
Quatro pequenas reflexões sobre o nascimento de Jesus
O povo que anda na escuridão
verá grande luz.
Para os que vivem na terra de trevas profundas,
uma luz brilhará.
Tu multiplicarás a nação de Israel,
e seu povo se alegrará.
Eles se alegrarão diante de ti
como os camponeses se alegram na colheita,
como os guerreiros ao repartir os despojos.
Pois tu quebrarás o jugo de escravidão que os oprimia
e levantarás o fardo que lhes pesava sobre os ombros.
Quebrarás a vara do opressor,
como fizeste ao destruir o exército de Midiã.
As botas dos guerreiros
e os uniformes manchados de sangue das batalhas
serão queimados;
servirão de lenha para o fogo.
Pois um menino nos nasceu,
um filho nos foi dado.
O governo estará sobre seus ombros,
e ele será chamado de
Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso,
Pai Eterno e Príncipe da Paz.
Seu governo e sua paz
jamais terão fim.
Reinará com imparcialidade e justiça no trono de Davi,
para todo o sempre.
O zelo do SENHOR dos Exércitos
fará que isso aconteça!
Isaías 9.2–7
O Deus de toda glória nos convida a reconhecer sua majestade e poder. É impossível passar pela leitura do profeta Isaías e não associar a Jesus. Para nós, cristãos, já é automática essa associação.
No entanto, quero que imagine aquele povo, sofrendo a opressão de outras nações. Escravizados, humilhados, subjugados de todas as formas, ouvindo que haverá um libertador.
Estas palavras, sem Cristo, para nós, não fazem sentido, mas, e com Cristo, elas são verdade? Realmente vivemos como aqueles que se alegram diante da colheita, nossa e de nosso irmão? Somos aqueles que experimentam a libertação das opressões?
Sabemos que o menino nos nasceu e ele é Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz. Vivemos esta realidade todos os dias, ou é apenas um texto que usamos para falar da promessa da vinda de Jesus?
Jesus não é mais uma promessa, é realidade em nosso meio, portanto, não temam e não se deixem dominar pela escuridão, há luz para nos guiar em meio às trevas. A noite não é mais de temor e terror, a noite é de paz.
Cantem ao SENHOR um cântico novo!
Toda a terra cante ao SENHOR!
Cantem ao SENHOR e louvem o seu nome;
proclamem todos os dias a sua salvação.
Anunciem a sua glória entre as nações,
contem a todos as suas maravilhas.
Grande é o SENHOR! Digno de muito louvor!
Ele é mais temível que todos os deuses.
Os deuses de outros povos não passam de ídolos,
mas o SENHOR fez os céus!
Glória e majestade o cercam,
força e beleza enchem seu santuário.
Ó nações do mundo, reconheçam o SENHOR;
reconheçam que o SENHOR é forte e glorioso.
Deem ao SENHOR a glória que seu nome merece,
tragam ofertas e entrem em seus pátios.
Adorem o SENHOR em todo o seu santo esplendor;
toda a terra trema diante dele.
Digam entre as nações: “O SENHOR reina!”;
ele firmou o mundo para que não seja abalado
e com imparcialidade julgará todos os povos.
Alegrem-se os céus e exulte a terra!
Deem louvor o mar e tudo que nele há!
Os campos e suas colheitas gritem de alegria!
As árvores do bosque exultem
diante do SENHOR, pois ele vem;
ele vem julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e as nações, com sua verdade.
Salmo 96
Cantar um cântico novo. O Salmo 96 foi musicado e o cantamos com certa frequência. Já parou para pensar na grandiosidade deste salmo?
Quando o lemos à luz do nascimento de Jesus, ele é ressignificado em seu sentido original. Ele passa de um salmo de exaltação do poder de Deus ante os inimigos e falsos Deus, para um salmo de exaltação do poder de Deus ante a realidade caída e devastada pelo pecado.
O poder maravilhoso de Deus nos resgatou do pecado. Jesus é o cântico novo! O cântico a ser entoado por todas as vozes que se encontram oprimida pelo pecado.
Não se trata de um cântico para ser entoado entre quatro paredes de um templo, ou no sigilo dos lares, não, Jesus deve ser cantado e entoado entre as nações, suas maravilhas devem ser proclamadas eternamente por aqueles resgatados pela justiça e equidade de nosso Deus.
Jesus nasceu! As trevas se dissipam! Vida em abundância! Vida justa! Vida eterna!
Pois a graça de Deus foi revelada e a todos traz salvação. Somos instruídos a abandonar o estilo de vida ímpio e os prazeres pecaminosos. Neste mundo perverso, devemos viver com sabedoria, justiça e devoção, enquanto aguardamos esperançosamente o dia em que será revelada a glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele entregou sua vida para nos libertar de todo pecado, para nos purificar e fazer de nós seu povo, inteiramente dedicado às boas obras.
Ensine essas coisas e encoraje os irmãos a praticá-las. Corrija-os com autoridade. Não deixe que ignorem o que você diz.
Tito 2.11–15
Ao olhar para os textos natalinos, somos tentados a manter nossos olhos fixos no nascimento de Jesus, e apenas neste momento. Não podemos nos esquecer, jamais, que natal é tempo de esperança da volta de Jesus. Ele veio e cumpriu seu propósito.
O convite é para vivermos com sabedoria enquanto aguardamos a volta de Jesus. Isso não exclui o período do Advento e Natal. Devemos sempre nos lembrar que aguardamos com esperança a volta de Jesus.
O desafio para nós é nos mantermos unidos e encorajando mutualmente a praticar as boas obras em meio ao mundo mal. Não fechemos nossos ouvidos e nossas mentes para a instrução de Deus e exortação vinda da parte dos irmãos.
Somos chamados a contemplar o nascimento de Jesus com a esperança de que ele veio, ele foi e ele voltará.
Naqueles dias, o imperador Augusto decretou um recenseamento em todo o império romano. (Esse foi o primeiro recenseamento realizado quando Quirino era governador da Síria.) Todos voltaram à cidade de origem para se registrar. Por ser descendente do rei Davi, José viajou da cidade de Nazaré da Galileia para Belém, na Judeia, terra natal de Davi, levando consigo Maria, sua noiva, que estava grávida.
E, estando eles ali, chegou a hora de nascer o bebê. Ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Envolveu-o em faixas de pano e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Naquela noite, havia alguns pastores nos campos próximos, vigiando rebanhos de ovelhas. De repente, um anjo do Senhor apareceu entre eles, e o brilho da glória do Senhor os cercou. Ficaram aterrorizados, mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo! Trago boas notícias, que darão grande alegria a todo o povo. Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”.
De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo:
“Glória a Deus nos mais altos céus,
e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
Lucas 2.1–14
Não tenham medo! Foi assim que o anjo iniciou o anúncio do nascimento de Jesus. Não tenham medo, do anjo, nem de mais nada!
O medo cessou seu domínio. O império do terror e das trevas está vencido. O pecado está derrotado. O caminho está traçado até a cruz e agora começam a se cumprir as promessas de Deus para seu povo.
Por isso os anjos louvam com alegria: “Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
Não há o que temer, o pecado não é mais senhor de nossas vidas. Não temos mais que nos render ao erro do passado, pois a graça de Deus está entre nós.
Jesus nasceu! O amor de Deus está entre nós! Com ousadia e alegria, cantemos e louvemos, pois a vitória em Jesus é realidade!
Reflexões para o culto da Véspera de Natal da Igreja Presbiteriana Independente de Tucuruvi, São Paulo, SP