Por que fui para o Linux?
Um pequeno relato de um caso antigo de admiração
Meu primeiro contato com o mundo Linux foi em 2001. Na ocasião vi rodando num computador de um colega de trabalho. Muito ainda era na base de código e isso me assustou muito. No entanto, a filosofia de ser gratuito, acessível a quem quiser e com uma comunidade crescente de colaboradores.
Mais tarde, em 2009, instalei uma versão do Fedora num PC antigo para rodar na igreja. Em 2012 conheci o Ubuntu e cheguei a instalar em um notebook velho, em casa. Na ocasião eu usava um MacBook Pro 2009. Em 2014 recebi um Notebook Windows do serviço, que acabei ganhando quando saí. Foi nele que instalei o Manjaro pela primeira vez. Foi uma versão da comunidade chamada Deepin. Paixão ao primeiro login. Usei o Manjaro XFCE para ressuscitar meu MacBook Pro de 2009 e deu muito certo. Por fim, em 2019 ganhei meu notebook atual e em março de 2020 instalei, em dual boot, o Manjaro XFCE, pois meu Macbook parou de funcionar por problemas de hardware. Comecei, gradualmente, a migrar minha produção de conteúdo para o mundo Linux. Em junho decidi testar a versão KDE do Manjaro e em fevereiro passado fui levado ao Gnome, com o qual estou até hoje.
Não se preocupe se você não sabe o que é Manjaro, XFCE, KDE, Gnome, vou explicar em detalhes em artigos futuros. De maneira bem simples, Manjaro é a distribuição do Linux e XFCE, KDE e Gnome é a maneira como essa distribuição gerencia a area de trabalho, aplicativos e recursos. Cada distribuição possuí design e estruturas próprias, mas os gerenciadores, se podemos chamar assim, XFCE, KDE e Gnome tornam o uso baseado em algum padrão. Para mim, que saí do Windows e MacOs para o Linux, o XFCE foi a escolha natural. Mais leve, mais parecido com Windows. O KDE veio por conta da facilidade de gerenciar gráficos e vídeos. No entanto, quando cheguei ao Gnome, posso dizer que coloquei os dois pés no Linux. O Gnome me parece ser o que há de “mais Linux” em tudo isso.
Que lindo, mas… e as dificuldades?
Não vou entrar no mérito da instalação do sistema operacional. Cada um tem uma experiência e creio que não serão esses os temas que tratarei em artigos futuros, devo falar mais das ferramentas. Uma das dificuldades que tive mais recorrente foi a de acertar uma suíte Office que me atendesse e depois a configuração de dicionário do LibreOffice, que foi a escolhida. A mudança do Microsoft Office 365 para o LibreOffice exige certa curva de aprendizagem para alguns detalhes mais técnicos, mas geralmente, é tranquila. Ainda espero que a Microsoft venha para o Linux. Seria fantástico ter o Office 365 para minhas rotinas de escrita e trabalho, gosto muito da suíte da Microsoft.
Outra curva de aprendizagem que exige um pouco de atenção são as configurações do sistema. Se você é curioso, vai se dar bem, mas se você está com pressa para resolver algo logo, aí vai penar um pouco. Nada de mais. Apenas adaptações normais.
Com isso tudo, quero dizer a você que sair do padrão do mercado para algo que não é tão capilarizado é um exercício de aprendizado e adaptação. Não pretendo escrever artigos técnicos, quero apresentar o mundo Linux na perspectiva de um usuário que não sabe quase nada de programação, mas que descobriu que existe uma maneira mais leve de usar a tecnologia e o Linux, nesse sentido, é o que mais tem me ajudado a me concentrar no que realmente é necessário para eu produzir meus materiais.