Igreja é negócio
Como tudo que é negócio, dá lucro e mata muita gente
Não deveria, mas é. A conclusão de que Igreja é negócio se dá em meio a mais de uma morte por minuto no país. Ao invés de optar pela reclusão e fechamento de seus templos, ou a cessão deles ao Governo para uso de hospital de campanha, as igrejas ganharam o prêmio de serem serviços essenciais.
O que aconteceu com a visão da Igreja como parte da solução e não do problema da sociedade? Nas epidemias passadas a igreja serviu de apoio, as Santas Casas de Misericórdia nasceram para tratar a saúde dos mais necessitados.
O que mudou? Mudou o sistema vigente no mundo, mudou o capitalismo. O dinheiro sempre esteve próximo do poder, não é novidade. Jesus condenou as riquezas por conta disso. No entanto, com as quedas nas arrecadações, com o distanciamento das pessoas e a perda da zona de influência sobre os rebanhos Católicos, Históricos e Evangélicos deixaram as diferenças de lado e deram as mãos, não, se abraçaram, melhor, deitaram na mesma cama de Mamon, o deus que personifica as riquezas nos tempos bíblicos.
Igreja é negócio. No meio dessa loucura toda, os que resistem, os que preservam a vida, os que olham com amor e cuidado para com as pessoas são os rechaçados, os infiéis, os hereges. Sim, a Igreja é negócio. Mas o Reino de Deus não, o Reino de Deus é de Deus, não de Mamon. Se a sua Igreja defende ser serviço essencial na pandemia, saiba que sua Igreja é negócio, não Igreja.
É lamentável que tenhamos que repetir o óbvio, que a vida é deixada em segundo plano em detrimento da arrecadação. A prioridade na mensagem do Evangelho foi deixada de lado, distorcem textos, inventam histórias, justificam posturas. A realidade é uma só. Um brasileiro por minuto morre de COVID. E esse é só um dos problemas da prostituição da Igreja com o deus Dinheiro.