Cuidado com o culto: o altar
Tenho percebido uma confusão entre os cristãos, nos nossos dias, em relação ao altar. Muitos têm chamado o altar de palco. A definição se encaixa bem em comunidades que deixaram de lado a Mesa da Comunhão em detrimento da música ou do pastor. Sobre o altar colocamos aquilo que é central em nossa adoração a Deus. Muitas igrejas abriram mal do efeito didático e cultual do altar para, de fato, fazer sobre um show.
Por isso, entendo que uma Igreja deva ter sobre o altar, no mínimo:
O púlpito, simbolizando a centralidade da Palavra de Deus na vida do povo.
A pia batismal, simbolizando a centralidade do Batismo como entrada no Reino de Deus, lembrando a Igreja da missão de ir e fazer discípulos.
A mesa da ceia, simbolizando a centralidade da comunhão do povo com Cristo e em Cristo.
Tais elementos remetem à missão principal da Igreja: ser discípulo. Como discípulos de Jesus, nós ouvimos a Palavra que nos manda “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.19). Para cumpri-la, testemunhamos e discipulamos nossos familiares e amigos, conduzindo-os para uma vida em comunhão com o povo de Deus, fazendo-se povo por meio do batismo. Uma vez reunidos, como povo de Deus, perseveramos naquilo que recebemos de herança dos apóstolos: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.42). Ou seja, celebramos a ceia.
Nas Igrejas que preservam o altar como local didático de adoração, a disposição dos móveis tem variado muito de Igreja para Igreja. Umas descem a mesa e centralizam o púlpito, outras organizam tudo no mesmo nível. Indiferente da disposição, o importante é refletir aquilo que a comunidade entende ser a centralidade de seu culto a Deus. Pare para refletir um pouco na composição do altar de sua Igreja e veja como ele tem contribuído para a adoração a Deus.