A necessidade da (re)escrita

Em tempos de áudio e vídeo em alta, redescubro nas letras projetadas na tela a alegria de produzir conteúdo. A escrita em prosa e poesia fez parte de um período conturbado em minha vida, na adolescência e na juventude, agora, adulto, reencontro nas palavras a alegria de me expressar e de querer ver meus textos, novamente, nos olhos das pessoas. Tenho revisitado textos, submetido escritos a amigos, aprendido a lidar com os erros que encontro nos meus textos e, principalmente, reconhecer na releitura de minhas palavras o que precisa ser mudado e transformado.

Dentro deste processo de reencontro com meus textos, chegar ao Medium, investir em cursos e roteirizar tudo o que produzo foram passos que dei para poder me aperfeiçoar. Ainda há muito o que viver, escrever e produzir. Rumos a tomar, prioridades a se destacar e buscar equilíbrio entre mente, corpo e alma é fundamental. Segundo a gramática, oprefixo “re”, de origem latina, o pode ter três sentidos: 1)Repetição, como em “recarregar” (carregar novamente), 2)Reforço, como em “revigorar” (aumentar o vigor), 3)Retrocesso, recuo, como em “reiniciar” (voltar ao início). Dentro do meu reencontro com a escrita estou vivendo os três significados apontados. Estou repetindo o exercício da escrita, estou reforçando meu desejo e plano de dez anos atrás e estou retrocedendo em áreas que avancei e não produziram os efeitos desejados. Reinvento-me para reforçar meu eu e para não renunciar aos sonhos que me são caros.

Toda semana eu me pergunto a razão de não ter investido mais no que acredito que naquilo que as pessoas dizem de mim. O contar histórias é um dos investimentos que estou fazendo em mim mesmo e o faço produzindo conteúdo que gosto. Espero que goste das histórias que conto, tanto quanto estou gostando de escrevê-las.